ARQUITETURA AFRICANA

Para começar falando sobre a arquitetura africana, devemos voltar um pouco no tempo. A cultura africana é muito diversificada e seus grupos étnicos-linguísticos foram os pioneiros dessa arquitetura; foram eles que durante muitos anos mantiveram suas construções com traços tradicionais e únicos. Um dos grupos que mais incentivou a arquitetura brasileira foi o dos Bantos.

Os Bantos eram os grupos que possuíam o maior número de integrantes e tinham uma tipologia arquitetônica bem marcante, as cubatas, que eram basicamente construções de cone sobre um cilindro (mesmo havendo muita variedade de formas), que possuíam características peculiares.  Essas cubatas não eram apenas de cunho residencial, elas possuíam várias funções, porém nunca dispondo duas atividades ao mesmo tempo.

 

Outra característica bem marcante da arquitetura africana era a consolidação residencial em forma de Kraal.  Não se tem ao certo uma palavra que traduza “Kraal”, mas seria um terreno cercado com várias cubatas, onde cada uma exercia apenas uma função. A junção de vários Kraal formava uma aldeia, mais conhecida por quilombo, e que, devido a grande variedade de cultura dos bandos, originou-se farta diversidade de formação urbana, então os quilombos devem ser destacadas devido à sua adaptação no Brasil.

 

 

 

 

 

Esse é apenas o comecinho da história da arquitetura africana que influenciou o nosso país. O continente africano é extremamente grande, e com isso muitos fatos sobre arquitetura são interessantes para serem lembrados e estudados. Como falar da arquitetura africana e não tocar no nome do Egito? Aquele lugar no nordeste da África, conhecido por suas pirâmides maravilhosas?

Todos sabem da importância do rio Nilo, mas e a arte? A arquitetura? Basicamente todos os tipos de manifestações artísticas que ocorreram no antigo Egito foram a serviço da religião, do estado e do faraó.

No Egito, os arquitetos eram realizadores de sonhos dos faraós. A arquitetura mais comum eram os templos, que tinham uma decoração inspirada na paisagem, como a flor de lótus, as palmeiras e os papiros, por exemplo. Já na sua entrada os templos possuíam um caminho com esfinges dos dois lados.


templo karnaktemplo de Ramsés II Abu Simbel 2

Mas com toda a certeza o que mais chama a atenção na arquitetura egípcia são as pirâmides, que são grandes edificações em pedra, possuindo sustentação retangular com
quatro lados triangulares. Devido à crença religiosa egípcia (politeísmo - crença em vários deuses), era necessário a preservação do corpo para a passagem para a outra vida, por isso
mumificavam seus faraós, sacerdotes, nobres e ricos, pois a mumificação era um processo muito caro. No caso dos faraós, eles eram levados dentro de um ataúde até as pirâmides para serem conservados e protegidos, e como acreditavam na imortalidade, lá eram depositados seus tesouros para usufruírem na outra vida.

O primeiro tipo de pirâmide que surgiu foi a pirâmide em degraus e foi idealizada  pelo arquiteto mais famoso da época, Ihmotep, para o faraó Djoser.

Logo após as pirâmides escalonadas (de degraus) vieram vários outros tipos de formas de pirâmides, entre elas a que conhecemos hoje, sendo as pirâmides do complexo de Gizé as mais famosas que representam essa arquitetura. Sabe-se da existência de aproximadamente cem pirâmides no Egito, mas com toda a certeza a que chama mais a atenção é a pirâmide de Queóps.

piramide de queops

Construída para ser a tumba do faraó Queóps, essa pirâmide media 146,60 metros, mas hoje, por falta do seu topo e do revestimento, mede 137,16 metros. É a maior e a mais pesada obra já construída pelo homem, sendo revestida com pedra calcaria e pesando cerca de 5,9 milhões de toneladas no total. Acredita-se que era a tumba de um dos faraós mais ricos do antigo Egito.

Além das pirâmides como forma de arquitetura egípcia, encontra-se os não muito comentados obeliscos, que são grandes construções parecendo colunas, com seus lados lisos e pontas triangulares. Eram destinados à religião.

Luxor templo

Além das pirâmides e dos obeliscos encontramos também as esfinges que são igualmente
de grande importância para a arquitetura egípcia. As esfinges normalmente ficavam dos dois lados dos caminhos até os templos e as mais comuns tinham cabeça de animais, representando seus deuses, e eram feitas de pedra calcaria.

esfinge de giza

Continuando por esse imenso Continente, achamos uma pequena cidade mais ao sul da África, que é a cidade administrativa da África do Sul, Pretória.

pretória

Pretória fica na província de Gauteng, a 60 quilômetros de Johannesburg, com avenidas cobertas por jacarandás, arquitetura vitoriana e muita influência europeia. É uma cidade muito conhecida por suas atrações turísticas, entre elas a Chuch Square (praça da igreja), onde se encontram cafés, restaurantes, centros históricos e prédios do governo.

 

church square atrativos petrória
Uma dessas edificações importantes que encontramos em Pretória é o Union Buildings. Cercada por jardins com uma arquitetura vitoriana construído em pedras arenosas leves, é um edifício com 285 metros de fachada e sede do gabinete do presidente da África do Sul.

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Atualmente encontramos nessa imenso Continente várias edificações e construções fascinantes. Entre eles, um projeto urbano bem interessante no deserto do Saara. O arquiteto Magnus Larsson é o autor desse projeto sustentável que envolve areia e biotecnologia. Dune, como é conhecido o projeto, tem a intenção de criar abrigos a partir da própria areia do deserto, tendo como objetivo o controle das dunas nessa região.

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O material principal para realizá-lo é uma bactéria que solidificaria a areia formando uma estrutura de arenito orgânico, que assim ajudariam a sustentar a vegetação proposta pelo grande muro verde do Saara. Junto iria criar espaços de convívio e habitação para a população que vive nas proximidades. Além disso, essa bactéria, após realizar seu trabalho de solidificação da areia, iria morrer por falta de alimento e se integrar à edificação sem causar problemas ao meio ambiente. Tudo de forma sustentável!

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Esse projeto ganhou o primeiro lugar no prêmio Holcim de construções sustentáveis em 2008. Sem dúvida, um ótimo projeto sustentável, e mesmo que algumas questões estruturais e de execução ainda devam ser mais estudadas, seria ótimo ver um projeto desses sendo realizado. Fica a inspiração para um aproveitamento consciente do solo desértico.

Além de tudo isso e mais um pouco, encontramos nesse Continente uma forma diferente de passear nas florestas, entre as árvores, ou melhor, por cima delas. Sim!
Uma ponte que permite que os viajantes e curiosos andem por cima das árvores. Essa ponte fica na cidade do Cabo, no jardim Kirstenbosch, que surgiu em 1913 como primeiro jardim botânico destinado à flora africana.

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O projeto foi realizado em aço pelo escritório Mark Thomas Architects e pelos engenheiros da consultoria Henry Fagan. A passagem cheia de curvas e diversos pontos de observação para as copas das árvores e topos dos morros tem no máximo 12 metros de altura, chegando a ficar no nível do chão apenas duas vezes durante todo os seus 130 metros de comprimento. É uma excelente construção, e muito interessante para se visitar.

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Muitas são as maravilhosas construções arquitetônicas neste planeta, construções essas que procurarei, neste espaço, trazer a vocês algumas demonstrações.

 

 

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