História do Cinema

Os primeiros suspiros do, até então, ‘cinema moderno’, foram dados no início do século XX com produções de pequenos documentários e ficções em um momento de desenvolvimento da linguagem cinematográfica. Com o recesso do cinema Europeu durande a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) as produções cinematográficas, durante as duas primeiras décadas do século, se concentraram em Hollywood.

Em 1896, os irmãos Lumière enviam fotógrafos, devidamente equipados, pra lugares como Inlaterra, México, Veneza, entre outros com o intuito de trazer novas imagens e exibir os trabalhos que os irmãos produziam em Paris, divulgando internacionalmente o trabalho dos Lumière.

Cinema-Historia1Também na França, Georges Méliès se destaca por inúmeras inovações. Diretor, ator, produtor, fotógrafo, desenhista, diretor de teatro e figurinista que desde cedo apresentava atração por arte performática. Passa parte da juventude se dedicanto à mágica e ilusionismo mas desobre a verdadeira paixão ao assistir uma exibição dos irmãos Lumière em Paris. Produziu mais de 500 curtos filmes durante toda a vida mas se opôs ao estilo documentarista e fui um pioneiro do gênero Ficção. Trabalhando com maestria figurinos, maquiagens, cenários e atores, Méliès é considerado o pai da arte do cinema e pioneiro no uso de efeitos especiais primitivos. Ficou consagrado com a ficção Le Voyage dans la Lune (1902). Infelizmente, como muitos gênios, Méliès morreu falido (sem mágica nem sucesso) em 1938. Sua vida, com todos os altos e baixos, serviu de inspiração para Brian Selznick escrever The Invention of Hugo Cabret, que posteriormente deu origem ao filme dirigido por Martin Scorcese.

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Nos Estados Unidos o número de produções cinematográficasa só cresceu nos primeiros 20 anos desse novo século. Em 1896, o até então habilidoso eletricista da Marinha dos Estados Unidos, Edwin Stanton Porter entra no ramo trabalhando como projecionista. Em New York, Porter encontrou um Projetoscópio (um “projetor” desenvolvido por Thomas Edison) e então viajou pelo Caribe, América do Sul e posteriormente Canadá e Estados Unidos, exibindo filmes em feiras e locais abertos até que em 1899 se fixou em NY e trabalhou como produtor e diretor de vários filmes no Edison Manufacturing Company (o estúdio de Thomas Edison em NY, depois de decidir sair de New Jersey e do Black Maria).

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Na Europa, o início do século é marcada por produções cinematográficas inovadoras. Na França, são filmadas peças de teatro com performances de atores já consagrados como Sarah Bernhardt, que protagoniza, em 1912, La Dame aux Camélias. Louis Feuillade também contribuiu para o desenvolvimento do cinema francês com a produção de Fantômas, consagrado como o primeiro seriado policial. Na comédia o francês Gabriel-Maximilien Leuvielle (conhecido como Max Linder) se destaca com um humor mudo porém extremamente francês e mais tarde, viria a inspirar o ator e diretor Charles Chaplin. A comédia, que já vinha crescendo nos Estadus Unidos, se alastrou pela França, Inglaterra e Rússia. Na Itália, Giovanni Pastrone dirige superproduções históricas como Cabiria.

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Nos Estados Unidos, no ano de 1915, é lançado o primeiro longa-metragem americano Birth of a Nation dirigido por David Griffith, que trabalhou como jornalista e balconista de lojas e livrarias, e que anos mais tarde seria considerado o criador da linguagem cinematográfica. Foi o primeiro a utilizar dramaticamente o close, o suspense, a montagem paralela e os movimentos de câmera. No ano seguinte, Griffith dirige Intolerance, que o consagrou pela ousada experiência com histórias paralelas e montagens.

Com uma indústria cinemafográfica em pleno crescimento, não demorou muito para a abertura de estúdios e produtoras. Em 1912, o famoso produtor de comédias do cinema mudo, que descobriu Charles Chaplin e Buster Keaton, Mack Sennett abre a Keystone Picture Studios. No mesmo ano surge a Famous Players (futura Paramount) e, em 1915, a Fox Films Corporation abre as portas em Los Angeles. Em 1919, exibidores e distribuidores autônomos se reúnem para abrir a United Artists.

Todos esses acontecimentos e fatores, juntos, criaram terreno para a explosão do cinema na década de 20. A década que foi embalada pelo Jazz, o álcool e uma falsa ideia de paz foi também o momento que consolidou, e imortalizou, gêneros do cinema americano como musical, policial, western e principalmente a comédia. Foi, também, momento de grande avanço na tecnologia (como o áudio e feitos sonoros sincronizados) e na linguagem dessa arte, até então, cheia de novas possibilidades.

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