20’s

A década de 20 teve uma importância vital para o cinema como conhecemos hoje. A tecnologia involvida no processo de filmagem e exibição melhoram e os filmes, que costumavam ter em média 20 minutos, passar a ter, pelo menos, 90 de duração.

Os Anos 20 consagrou e imortalizou nomes como Mary Pickford, Tom Mix, Theda Bara (que teve a maioria de seus filmes, além dos outros inúmeros títulos do cinema mudo produzidos pela Fox Film Corporation, perdidos no grance incêncdio na 20th Century Fox em 1937), Douglas Fairbanks (que, em 1920, se casou com Mary Pickford e, automaticamente, se consagraram como Hollywood Royalty e Fairbanks , posteriormente, recebe o apelido de King of Hollywood) e Rudolph Valentino (que foi considerado o sex symbol da década de 20 com seu charme italiano e foi imortalizado com a sua morte, em Agosto de 1926 com apenas 31 anos, como um dos homens mais belos do cinema americano) representam a nova crème de la crème do novo centro de cinama do mundo: Hollywood.

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E Hollywood, que na década anterior foi presenteada com um imigrante britânico singular, recebe o homem que posteriormente trabalharia como ator, diretor, produtor, humorista, empresário, escritor, comediante, dançarino, roteirista e músico (tá bom ou quer mais?): Charles Spencer Chaplin. Considerado um dos pais do cinema, Chaplin conseguiu um feito histórico: fazer as pessoas rirem em tempos tão deprimentes.

Chaplin não foi apenas ‘grande’, ele foi gigantesco. Em 1915, ele estourou em um mundo dilacerado pela guerra trazendo o dom da comédia, risos e alívio enquanto ele próprio estava se dividindo ao meio pela Primeira Guerra Mundial. Durante os próximos 25 anos, através da Grande Depressão e da ascensão de Hitler, ele permaneceu no emprego. Ele foi maior do que qualquer um. É duvidoso que algum outro indivíduo tenha dado mais entretenimento, prazer e alívio para tantos seres humanos quando eles mais precisavam.

         

Por Martin Sieff em Chaplin: A Life

Charlie, que nasceu em Londres, em 1889, teve uma infância complicada. Filho de Hannah Chaplin (que teve uma breve carreira nos palcos como Lily Harley e sérios problemas psicológicos) e Charles Chaplin, Sr. (que foi um cantor consideravelmente famoso em Londers em 1890’s). Com um pai ausente e uma mãe desiquilibrada, Charlie passou por poucas e boas enquanto crescia com a mãe, que não possuía renda (apenas surtos psicóticos), e o meio-irmão Sidney em Kennington, Londres. Com apenas 14 anos, Charlie já tinha ficado duas vezes em  workhouses (lugares no Reino Unido que proporcionavam acomodações e trabalhos para aqueles que não conseguiam se sustentar).

Eu mal tinha conhecimento sobre uma crise porque nós viviamos em uma continua crise; e, sendo um garoto, eu simplesmente ignorei nossos problemas com um esquecimento gracioso.

         

Por Charlie Chaplin sobre sua infância.

Desde cedo, o jovem Chaplin demonstrava interesse pelas artes performáticas. Depois de largar a escola aos treze anos e encorajado pela mãe de seu talento, Charlie, agora com 14 anos, se registra em uma companhia teatral londrina. Seu primeiro papel foi como um newsboy na peça A Romance of Cockayne, dirigida por Harry Arthur Saintsbury, que abriu em julho de 1903 mas ficou em cartaz por apenas duas semanas devido à falta de seucesso. Porém, no mesmo ano, o jovem Charlie Chaplin é selecionado para interpretar um pageboy em Sherlock Holmes, dirigido por Charles Frohman. A recepção de sua atuação foi tão boa que foi convidado para atuar ao lado de William Gilette, o verdadeiro Holmes, no Duke of York’s Theatre.

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Indicado pelo meio-irmão mais velho, que também tentava a vida como ator, Sidney Chaplin, Charlie associou-se à Karno’s London Comedians, liderada por Fred Karno (que no início duvidava do potencial do pequeno Chaplin devido à sua timidez). Em sua primeira apresentação, no London Coliseum, Charlie convenceu Karno e o público de seu talento e, quase que imediatamente, assinou um contrato.

A escalada ao sucesso de Chaplin, que até então representava papéis de pouco destaque, começou ao receber o papel principal de Fearless, que rapidamente o colocou na mídia. Seu próximo passo seria rumo América quando fred Karno convida Chaplin para uma tour, que durou 21 meses, pelos Estados Unidos, onde o papel mais aclamado serio do bêbado conhecido como Inebriate Swell, interpretado por Charlie.

O retorno para a Inglaterra foi descrito pelo ator como “uma inquietante sensação de afundar novamente em uma deprimente banalidade” e, antes de perceber, Chaplin já estava indo para a sua segunda temporada nos Estados Unidos. Depois de apenas seis meses na tour americana, Chaplin é convidado para participar da New York Motion Picture Company, para substituir o ator Fred Mace, que sairia em pouco tempo do Keystone Studios. Depois de perceber que essa seria a chance de um verdadeiro recomeço, Charlie assina um contrato de $150/semana em setembro de 1913 e começa a trabalhar na produtora de Mack Sennett. Preocupado com a aparência demasiadamente jovem (do jovem Chaplin, que no momento tinha apenas 24 anos), Sennett encoraja o ator à aprender o processo de filmmaking até que, em 1914, Charlie Chaplin faz seu debùt no cinema com Making a Living.

Mas foi sua segunda aparição no cinema que mudaria a sua vida (e também o cinema).

Eu queria que tudo fosse contraditório: as calças, largas; o casaco, apertado; o chapéu, pequeno e os sapatos, largos... Eu adicionei um pequeno bigode, o qual, pensei eu, iria me envelhecer alguns anos sem esconder minhas expressões. Eu não tinha ideia do personagem. Mas, no momento em que me vesti, as roupas e a maquiagem me fizeram sentir a pessoa que ele era. Eu comecei a conhecer ele e, quando entrei no palco, ele tinha nascido por completo.

         

Por Charlie Chaplin sobre o processo de criação de sua mais famosa persona The Tramp.

O filme, Mable’s Strange Predicament, funcionou como processo criativo pra Chaplin desenvolver o personagem que ficou mundialmente famoso e o eternalizou: The Tramp (Carlitos). O personegem fez seu digno debùt em Kid Auto Races in Venice (que foi produzido no mesmo período de Mable’s Strange Predicament) que estreou dois dias antes e consagrou o personagem imediatamente. Depois de adotar a persona na telas, Chaplin tentava, repedidamente e sem sucesso, fazer sugestões aos diretores dos filmes em que atuava. Inclusive, na filmegem de seu décimo primeiro filme Mabel at the Wheel, as sugestões foram seriamente ignoradas pela diretora Mabel Normand (à ponto de rolar um quebra pau que quase custou o contrato de Chaplin).

Mack Sennett decidiu manter o contrato do ator e, após receber pedidos de exibidores pedindo por mais filmes de Chaplin, Sennett permite a direção do próximo filme quando Charlie promete pagar $1.500 caso o filme fosse um fracasso. (Só pra constar Chaplin continuou com as 1500 doletas à mais no bolso). O début como diretor, Caught in the Rain, foi um sucesso. Com uma legião de fãs americanos, rapidamente  Charlie Chaplin ficou internacionalmente famoso e quando seu contrato na Keystone deveria ser renovado, seu preço, que até então era de $150/semana, foi elevado para $1.000/semana - uma quantia considerada um absurdo para Sennett, 

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Após ter sua proposta salarial negada pelo Keynote Studios, Chaplin recebeu uma proposta (de tirar o chapéu coco): $1,250/semana mais um bônus de 10,000 doletas pela assinatura do contrato. O Vagabundo, como seu personagem ficou conhecido no Brasil, não pensou duas vezes e aceitou a proposta da Essanay Film Manufacturing Company.

Em dezembro de 1914, Chaplin entra para a equipe da Essanay e, a partir desse momento, começa a recrutar um time de atores regulares em seus filmes. Leo White, Bud Jamison, Paddy McGuire e Billy Armstrong foram alguns dos nomes e sem demora, conhece e recruta sua musa Edna Purviance, que viria a protagonizar mais de trinta filmes do diretor em apenas oito anos. (Além de manter um relacionamento com Chaplin por cerca de três anos, claro!)

Dois meses depois de entrar para o time Essanay, Chaplin já lançava The Night Out e, um mês depois, The Champion. Mas foi com The Tramp que sua vida mudou por completo. Foi neste momento que, após ter ouvido criticas nos seus dias de Keynote Studios de que seu personagem era rude, cruel e britânico demais, Chaplin transformou o Rude Vaganundo em um personagem gentil e romântico. Foi a partir dessa transformação de sua persona que Chaplin começou a receber críticas relevantes enaltecendo seu trabalho. Não precisou de mais nada para Charlie Chaplin virar um fenômeno mundial. O ator, que se consagrou como a primeira celebridade internacional do cinema, não parou de crescer e, quando seu contrato encerrou em dezembro de 1915, Chaplin, que tinha uma noção bem clara da sua popularidade, solicitou nada mais, nada menos que um bônus inicial de 150 mil doletas! (Salário à negociar, claro!)

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E não é que O Vagabundo conseguiu? Propostas que se enquadrassem nos desejos ($$$) de Chaplin apareceram por todos os lados (lados esses que incluiam as gigantes da indústria do cinema americano Universal, Fox e Vitagraph). Mas quem pagou o bônus + salário de $10,000 foi a Mutual Film Corporation que transformou o jovem, com 26 anos na época, em uma das pessoas mais bem pagas do mundo, com um ganho anual de $670,000 (não me aguentei e achei um calculador de inflação, o DollarTimes e vi o quanto essa quantia equivaleria em 2015: $11,483,506.57 - for a tramp, that’s really, really good).

Além de (muito) dinheiro, o Mutual Studios deu outras duas coisas que transformaram o trabalho do ator e diretor: total liberdade e autonomia em seus filmes e, o melhor, um estúdio em Los Angeles. O estúdio, que foi aberto em Março de 1916, não demorou à se transformar no palco da produção de títulos como The Floorwalker, The Fireman, The Vagabond, One A.M. e The Count. Para a produção de The Pawnshop, Chaplin recruta o grande nome dos palcos e do cinema Henry Bergman (que viria a trabalhar com o diretor  nos próximos trinta anos). Behind the Screen e The Rink completam as produções do diretor de 1916.

O ano seguinte, 1917, foi marcado por uma produção cinematográfica mais cuidadosa e lenta. O diretor, que lançou apenas quatro filmes neste ano, começou a receber críticas e ‘má-publicidade’ da mídia britânica por não lutar na Primeira Guerra Mundial. Chaplin, que se alistou também nas tropas americanas, se defendeu afirmando que não foi chamado por nenhum dos dois países. Isso, porém, não afetou o crescimento do ator no cenário internacional pelo simples fato de, enquanto acontecia uma guerre, Chaplin conseguia fazer as pessoas rirem.

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O Mutual Studios não ficou muito contente com a queda do número de produções do diretor, dois filmes por mês foi o número estipulado no contrato. Com filmes mais longos e, consequentemente, de mais lenta produção, o estúdio não lidou muito bem com isso quando pensavam no salário que Chaplin recebia. Então esperaram pacientemente o fim do contrato de Carlitos.

Charlie deve ser permitido todo o tempo necessário, e todo o dinheiro também, para produzir seus filmes exatamente do jeito como ele quer. É qualidade, e não quantidade, que nós queremos.

         

Por Sydney Chaplin seu empresário  e meio-irmão. Em resposta às críticas sobre a decaída no número de produções de Chaplin quando comparado ao salário do ator e diretor, feitas pelo Keynote Studio e a mídia americana.

E então, para a alegria do nosso Carlitos, uma nova, e maravilhosa, oportunidade na First National Exhibitors’ Circuit: oito filmes por 1 Milhão de dólares. (Estúdio em Hollywood e total autonomia em suas produções ainda vieram de brinde)

Chaplin começou a trabalhar quando seu estúdio ficou pronto, em janeiro de 1918, e em abril lançava A Dog’s Life, que foi considerado pelo diretor, roteirista e crítico de cinema Louis Delluc como “A primeira obra de arte do cinema”.

Logo depois do lançamento de seu primeiro filme, Chaplin embarca em uma tour da campanha Third Liberty Campaing, pelos Estados Unidos para arrecadar fundos para os Aliados da Primeira Guerra Mundial. Isso inspirou os próximos trabalhos do diretor, que começou a abordar a guerra como tema em suas produções. Sua persona, The Tramp, seria enviado para as trincheiras em Shoulder Arms e, quando advertido por seus associados sobre fazer comédia sobre a guerra Chaplin respondeu “Perigoso ou não, a ideia me excita!” e, quatro meses depois, lança seu mais longo filme até então, de 45 minutos de duração, em Outubro de 1918. (Mais um pra coleção de sucessos)

Depois da estréia de Shoulder Arms, Chaplin exigiu um aumento do orçamento para a produção de seu próximo filme: negada. Frustrado e preocupado com os boatos sobre a possível fusão da First Nation com com a Famous Players-Lasky Studios, Chaplin decide lutar pela liberdade e autonomial completa de suas produções. Em janeiro de 1919, o diretor funda a United Artists ao lado dos famosos e ambiciosos colegas do cinema Douglas Fairbanks, Mary Pickford e D.W. Griffith. Empolgado com a parceria e a companhia criada, Chaplin oferece o reembolso pelos seis filmes restantes para a quebra de contrato com a Frist Nation: negado.

Além de tudo o que acontecia na cerreira de Chaplin, a vida pessoal dele andava bem agitada também. Em 1918, Charile se casa com a atriz de 17 anos Mildred Harris depois da moça ter afirmado estar grávida. Não passava de um “alarme falso” e, assim rápido, o diretor se viu em um casamento infeliz e com sua criatividade comprometida, o que, de certa maneira, afetou sua produção seguinte Sunnyside.

Por ironia do destino, no mesmo ano, Mildred fica grávida (de verdade) e no dia 7 de Julho de 1919 deua a luz à Norman Spencer Chaplin, que nasceu com sérios problemas e morreu três dias depois. Eventualmente, pra ser mais exato: Abril de 1920, o primeiro casamento do cineasta chega ao fim. E então, a década de 20 começa para Charlie Chaplin (finally!) com a produção de The Kid, que teve como inspiração a complicada infância de Chaplin e a perda de seu filho.

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As filmagens de The Kid começaram em Agosto de 1919 mas, ao perceber a proporção que a produção estava tomando, Chaplin interrompeu as filmagens e produziu rapidamente A Day’s Pleasure para não ser questionado novamente sobre a lentidão na produção de seus filmes. The Kid só terminou de ser gravado em maio de 1920 e foi a primeira a misturar drama e comédia de uma maneira encantadora. Sua produção mais longa até o momento, que tem 68 minutos de duraçào, foi apresentada em Janeiro de 1921 e foi imediatamente um sucesso. Apenas quatro anos depois, The Kid já tinha sido exibido em mais de 50 países. (o que pro nível da globalização na época era bem rápido)

Cinco meses depois Chaplin lança The Idle Class, seguido por Pay Day e The Pilgrim, seu oitavo e último filme para a First National.

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A primeira produção independente do diretor, na Artists United, foi A Woman of Paris, protagonizado por Edna Purviance. O drama romântico, que e não contou com a aparição de Carlitos, foi considerado inovador por seu realismo e roteiro mas não agradou aos fãs que esperavam ver Chaplin no filme. Decepcionado com a falta de sucesso do filme, o diretor elevou sua cobrança e expectativas sobre o próximo filme: “This next film must be an epic! The Greatest!” disse Chaplin. E foi.

Inspirado por uma fotografia da Klondike Gold Rush (como foi chamada a imigração de quase 100 mil prospectadores na corrida do ouro, que seguia em direção ao Canadá, entre 1896 e 1899) Chaplin realmente se superou ao produzir The Gold Rush, em que seu personagem, The Tramp, lutava contra as adversidades da corrida enquanto procurava o amor. Com Georgia Hale como protagonista feminina, Chaplin idealizou uma estrutura complexa com filmagens nas montanhas Truckee no Canadá, quase 600 figurantes, sets extravagantes e efeitos especias que fizeram a produão custar quase 1 milhão de dólares. O faturamento do filme, que foi o maior da história do cinema mudo, foi de 5 milhões de dólares e, quando foi lançado, Chaplin disse “Esse é o filme pelo qual quero ser lembrado”.

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Equanto filmava The Gold Rush, Chaplin se casou pela segunda vez em condições bem parecidas com seu primeiro casamento. Lila Grey, que tinha apenas 16 anos, surpreendeu Chaplin ao infromar que estava grávida. Com 35 anos o diretor, que corria o risco de ser processado por estupro e pedofilia, organizou a sua segunda cerimônia de casamento às pressas e, em Maio de 1925, nasce Charles Spencer Chaplin, Jr. (seguido pelo segundo filho, em Março de1926, Sydney Earl Chaplin).

Novamente em um casamento infeliz, Chaplin soufreu com a péssima repercussão quando a esposa saiu de casa com os dois filhos e pediu o divórcio. Lita Gray acusou-o de infidelidade, abuso e desejos sexuais pervertidos. O assunto, que virou manchete em basicamente toda a imprensa americana e mundial, foi resolvido com um acordo de $600.000,00 e, sem demora, seus fãs já tinham superado o escândalo.

Depois de todos os incômodos desse complicado divórcio, Chaplin produziu The Circus, onde seu clássico personagem virava uma desastrada estrela do cinema. A receptividade do filme foi ótima e, em 1929, na primeira Cerimônia da Academia, Chaplin ganhou um troféu Por versatilidade e genialidade como ator, roteirista, diretor e produtor de The Circus.

Suas próximas produções foram City Lights (1931), Modern Times (1936), The Dictator (1940), entre outros. (Vide posts: 30’s, 40’s e 50’s)

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Seguindo a linha humorística de Chaplin, Buster Keaton é um nome quase que comparável à Charles Chaplin. Americano, teve sua primeira experiência nos palcos aos três anos de idade e fez seu bébut no cinema em 1917, mas são três anos depois que ele trabalha com direção e cria um clássico personagem da comédia: o cômico que não ri. Consagrou-se com a produção The General, dirigido por Keaton e Clyde Bruckman, que foi aclamada pelo público em 1927.

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Porém, a partir de 1926, a indústria cinematográfica nunca mais foi a mesma. A tecnologia, que já vinha sendo desenvolvida desde a época de Thomas Edison, foi aperfeiçoada e patenteada pela Warner Bros. Entertainment Inc. O Vitaphone, como foi chamado, foi inaugurado com a produção de Don Juan, que teve efeitos sonoros e trilha sonora sincronizados. EVER

Mas a Warner Bros. não parou por aí. No ano seguinte lançou The Jazz Singer, o primeiro filme com diálogos sincronizados - e o marco inicial do declínio do cinema mudo.

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Essa década, que sem dúvidas transformou o cinema, teve um desfecho à altura (A quebra da bolsa valores de NYC? Também): A primeira Cerimônia da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. A associação fundada em 1927 por Douglas Fairbanks, Sid Grauman, Mayer, Mary Pickford e Joseph Schenck fez a sua primeira entrega de prêmios em 16 de Maio de 1929 no Roosevelt Hotel em Hollywood. Com ingressos à venda por $5, a premiação foi apenas o início de algo que tomaria proporções inimagináveis. A premiação, que teve doze categorias e elegeu o melhor produzido entre 1927 e 1928, consagrou nomes que entraram na década de 30 carregando a estatueta. O evento, que foi apresentado por Douglas Fairbanks, sobreviveu a Segunda Guerra Mundial e a Depressão e adquiriu todo essa Glamour Hollywoodiano com o passar dos anos e teve o final da década de 30 e a dácada de 40 como seus saudosamente conhecidos Anos Dourados.

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