CAFE RACERS – So 60’s!

Londres, início dos anos 60. As bandas de Rock estão em todas as garagem e festas de igrejas. A economia vai bem, se recuperando da Guerra. O cigarro e os vestidos curtos tomam conta das ruas.

John mora nos arredores de Londres, tem uma vida normal, estuda e para reforçar a renda familiar trabalha numa sapataria. No tempo livre se reúne com seus amigos na garagem de sua casa para modificarem suas motos. Eles tentam dar mais potência no motor, diminuir o peso, e acabam criando as conhecidas Café Racer.

John é conhecido entre os amigos como Racer Boy.

 

É um outro mundo. John e seus amigos se reúnem em cafeterias na beira de estradas, essa é a rede social da época. Lá tudo acontece, o rock roll roda o mundo, Elvis e Beatles começam a fazer sucesso mas as rádios ainda são conservadoras. Nos cafés como Ace Café em Londres as Jukebox alegram os finais de tarde, elas eram nos anos 60 o que os IPods são para os adolescentes de hoje, liberdade de expressão.

Café racer é muito mais que uma paixão por motos e velocidade, é estilo de vida, é rebeldia, é sonoplastia do rock. Suas jaquetas pretas e calça jeans emolduram suas motos personalizadas. Os Rockers apelido dos Café Racer marcaram época como os Hot Rods nos EUA, mesma paixão, só que nos EUA o símbolo da velocidade eram carros.

CAFE RACERR

A parte engraçada dessa história é que os cafés também eram pontos de parada de caminhoneiros, esses achavam engraçado as reuniões no café para disputar corrida com outros grupos. Como as corridas Rockers erram entre um café e outro, os caminhoneiros gozavam que eles nunca seriam corredores de verdade, mas sim corredores de café. Foram eles que começaram a chamar os rockers de Café Racer, daí o nome das motos.

Vale lembrar que para os Rocker não era apenas uma corrida, eles buscavam se superar a cada quilometro percorrido. O objetivo era o TON, o santo gral para os Rockers era atingir 100 mph (160 km/h) com suas motos com modificações caseiras. Ter um TON no grupo, era como ser a estrela da festa, era ser respeitado e admirado, coisa que todos os jovens buscam.

Além da admiração, todo Racer Boy tinha que ter sua Betty. Elas eram um símbolo de sedução com suas calças jeans coladas, meias brancas, exibindo a jaqueta de couro do namorado e dançando o sensual Rock Roll. Essa foi uma época onde a ingenuidade adolescente andava de mãos dadas com a rebeldia.

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Hoje ainda existe o culto ao estilo de vida Café Racer e as motos se tornaram verdadeiras obras de arte, muitas vezes misturando o design moderno e o vintage.

E se você esta se perguntando onde estão John e Betty, o que aconteceu com eles? A vida sempre segue e as contas chegam. John virou funcionário público, hoje esta aposentado. Betty a primeira-dama dos Rockers teve filhos, cuida da casa e do seu jardim. Eles continuam vivendo juntos no subúrbio Londrino, porém como se diz no Rock Roll, o sonho nunca acaba e a rebeldia nunca morre.

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- Wheels

1 Response

  1. Bacana esse post, estava pesquisando sobre as Café Racers no Facebook e o encontrei. Tô fazendo um trabalho pra cadeira de criação publicitária e resolvi usar essas motos (lindas por sinal) como o produto principal. O post me ajudou muito a entender o contexto da coisa toda. Valeu.

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