Como começar a contar uma história que tem mais de uma versão, e mais de um significado?
Vou tentar começar esse conto, que na verdade é a minha história da maneira mais verídica possível, sem fantasiar ou aumentar os fatos por causa das emoções.
A Nova Zelândia e eu nos cruzamos quando eu era bem pequenininha e meu pai saiu em busca de si. Desde aquele dia eu criei uma paixão por essa ilha e por essa cultura e eu sabia que quando me perdesse era lá que eu iria me encontrar.
Anos se passaram e essa procura pelo meu eu, chegou. Comprei a passagem com as minhas economias, avisei a família.
De uns tempos para cá vinha sendo muito difícil conviver comigo mesma. Pode não parecer, mas sempre fui insegura, medrosa, dependente socialmente dos outros, e a viagem foi dada como quebra de barreiras.
Chegou o dia, finalmente. Aqui estou.
Embarquei no avião de Florianópolis até São Paulo, e lá fiquei esperando umas 6 horas. Tem gente que diz que dinheiro não compra felicidade, mas compra sala Vip com vinho e WiFi.
De São Paulo fui para o Chile, onde jantei, tomei um café, comi um donuts e finalmente embarquei para Nova Zelândia. 12 horas de vôo? Força na peruca amiga, ainda dei sorte de que ninguém sentou entre eu e um menino chileno no avião, remedinho para dormir, acordei faltando 4 horas para chegar.
A noite foi boa, rs.
Chegando na Nova Zelândia, passei por uma das piores experiências da minha vida. Como eu disse para vocês, a viagem para era para ser como aquele blog 361 dias com medo, acho que é assim. Só que aqui eu viveria 31 dias com meus medos e o primeiro deles é não ter programação alguma, ou seja, viajei sem na programado, pago, reservado, alugado.
Resultado? Fui parar na polícia ou seja lá como eles chamam o local onde fazem o controle da imigração/drogas e afins.
Fui entrevistada três vezes, por três policiais diferentes, tive todos os meus pertences revistados, minha mala testada contra drogas, e pelo que percebi, andaram barrando alguns brasileiros.
Mas vou te contar que apesar do tempo absurdo que fiquei lá, não fui desrespeitada e destratada em momento algum!
Lembro que no aeroporto de Florianópolis um senhor ficou muito bravo e destratou o segurança pois ele o fez tirar o sapato e o cinto e passar de novo no detector, enquanto eu sempre calma com os policiais, fui muito bem tratada.
Mas fiquei com medo de não conseguir entrar, confesso que sim.
Resumindo, estou aqui a três dias agora. Visitei alguns lugares incríveis, e estou maravilhada com esse lugar e a bondade das pessoas.
Conheci uma indiana no ponto de ônibus que me deu o número dela caso eu me perdesse.
Eu me perdi no fuso horário, cheguei um dia depois no hotel, e eles não me cobraram a mais pelo quarto.
Tive um problema com a carne, só a carne, de vários pratos em um restaurante incrível na beira do mar em Paihia e eles não me deixaram pagar a conta e me deram um bônus de vinte reais.
Eu precisava pegar o ônibus as sete horas da manhã e a Starbucks só abria as 7 horas, eles me serviram café as 6:20.
Ah, e a lista só aumenta. Se eu posso dar um conselho, e pode parecer piegas, cheese ou qualquer outra coisa....a vida sorri de volta se você sorri para ela.
Domingo vou pular de paraquedas, 16000 pés, desejem-me sorte!
Semana que vem estou de volta!
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