É o 45º ano da Art Basel, uma das maiores exposições de arte Moderna e Contemporânea do mundo em Basel (Basileia, na Suíça). A cidade, que fica num ponto estratégico mais que charmoso no norte da Suíça, é a terceira maior cidade do país e faz divisa com a Alemanha e a França, tornando-a um pólo de cultura e arte européia. A exposição, que teve inicio no ano de 1970, foi fundada por três galeristas/art dealers da cidade (Trudi Bruckner, Balz Hilt e Ernst Beyeler) que tinham a ambiciosa ideia de atrair os holofotes do cenário artístico para a cidade. A primeira edição já foi um sucesso: contou com 90 galerias e 30 publicadores parceiros de 10 países diferentes e atraiu 16,300 visitantes.
De lá pra cá a exposição cresceu, e muito. Em 2002 fez seu début em solo americano com a Art Basel Miami e 11 anos depois, em 2013, estreiou na Ásia com a Art Basel Hong Kong. Com três edições anuais, o pessoal da Art Basel tem um calendário bem corrido: começa na primavera do hemisfério norte, em Hong Kong, no mês de Março; seguida pela edição de Junho, conhecida como o encontro de verão do cenário artístico em Basel, na Suiça; finalizando com a edição de inverno, no mês de Dezembro, em Miami.
As exposições, dividas em setores, são poderosos centros de encontros da arte moderna unindo galerias (inclusive brazucas!), novos talentos e artistas já consagrados, curadores, colecionadores, museus e fãs de arte.
A edição suíça aconteceu do dia 16 à 19 de Junho seguida pela edição americana, em Miami, que acontecerá do dia 3 à 6 de dezembro de 2015. A edição de Hong Kong deste ano foi um sucesso e já se transformou na maior exposição de arte do continente asiático (e você vai poder conferir com detalhes mais à diante).
Ps. Lembre que clicando nas imagens você pode velas maiores e com mais detalhes.
Ps2. O post ficou extenso simplesmente pelo excesso de trabalhos maravilhosos expostos, ficou difícil resumir.
Ps3. Bom passeio artístico intercontinental!
Art Basel, Basel, 2015:
Há 45 anos a cidade suíça faz O AUÊ no cenário artístico europeu. No ano passado a exposição apresentou mais de 300 galerias de 36 países atraindo artistas, colecionadores, galeristas, diretores de museus, curadores e entusiastas que somaram mais de 90 mil pessoas. É dividida em oito setores: Galleries, Unlimited, Feature, Edition, Parcours, Film, Statements e Magazines.
Galleries: O coração da exposição. São mais de 300 galerias internacionais expondo peças contemporâneas e modernas dos séculos XX e XXI que incluem pinturas, desenhos, esculturas, instalações, fotografias, gravuras, vídeos e arte digital.
Unlimited: o setor é uma plataforma de exibições pioneiras que transcendem as limitações de uma exposição de arte usual. Lançada em 2000 por Samuel Keller e o, até 2011, curador Simon Lamunière. Os trabalhos incluem pinturas e esculturas de tamanhos inusitados, projeções de vídeos, grandes instalações e performances ao vivo. Após a saída de Lamunière, a Unlimited tem a curadoria feita por Gianni Jetzer.
Feature: o setor enfatiza projetos de curadoria que podem incluir exposições solo de um único artista ou justaposições e exibições temáticas de artistas que representem uma variedade de culturas, gerações e abordagens artísticas.
Edition: o setor apresenta trabalhos e publicações editadas interagindo e colaborando com artistas renomados.
Parcours: as obras são expostas nas ruas da cidade interagindo com locais históricos e cartões postais de Basel. As peças expostas vão de esculturas à intervenções e performances de artistas já conhecidos ou novos talentos.
Film: a exposição conta com um calendário de apresentações cinematográficas de artistas internacionais e tem a curadoria feita pelo diretor alemão Maxa Zoller e o colecionador, de Zurich, This Brunner.
Statements: o setor apresenta projetos solo de jovens artistas em evidência.
A exposição ainda contou com as Conversation e Salon, que são bate-papos, entrevistas, palestras e depoimentos de artistas e pessoas da área. Além de tudo isso, a Art Basel teve um serviço de alimentação diferenciado. Com um espirito de coletividade e cooperatividade, os alimentos cultivados localmente foram disponibilizados pro pessoal por a mão na massa a aproveitar pra fazer uma boquinha depois da pequena exposição.
Galleries: setor principal da exposição transformando a edição na maior exposição de arte moderna e contemporânea da Ásia.
Discoveries: o setor se transforma em uma plataforma global para novos artistas de todo o mundo e, expondo seus trabalhos, representam a próxima geração de talento artístico na fase inicial de suas carreiras. São expostos no setor novos trabalhos e, geralmente, feitos especialmente para a exposição.
Encounters: esculturas e instalações de larga escala são apresentadas para o público. A curadoria é feita pelo curador chefe do Museu de Arte Contemporânea de Tokyo, Yuko Hasegawa.
Insights: apresenta projetos desenvolvidos especialmente para o evento de Hong Kong. As galerias devem ser, obrigatoriamente, da Ásia e da região do Pacífico (contando com os países ente a Turquia e a Nova Zelândia).
A exposição, que tem muito em comum com os padrões da Art Basel suíça, conta também com as Conversations, Salons e Films. A edição chinesa contou também com a intervenção do chinês Cao Fei. A Same Old, Brand New consistiu na instalação luminosa no prédio ICC (International Commerce Centre), de 490 metros de altura na Baía Kowloon, que abrigava grandes companhias de video games da década de 80. O artista, que é fascinado pelo escapismo e desilusão da juventude chinesa, explora os limites de realidade e percepção, e brinca com o imaginário da população e visitantes ao exibir símbolos relacionados ao universo desses, já considerados, vintage video games. Bateu até uma saudade do clássico Pac-Man...
E a edição que fecha o ano, a Art Basel Miami, só vai acontecer em Dezembro deste ano mas confira agora o que rolou na última exposição em solo americano.
Galleries: são mais de 200 das principais galerias de arte moderna e contemporânea da América do Norte e Latina, Europa, África e Ásia, que expõem o trabalho de mais de 4 mil artistas que envolvem pinturas, desenhos, gravuras, esculturas, instalações, fotografias, filmes, vídeos e artes digitais.
Nova: foi desenvolvido para as galerias exporem novos trabalhos de um, dois ou três artistas que tenham sido desenvolvidos nos últimos três anos. Geralmente são expostos trabalhos inéditos, feitos especialmente para a exposição.
Positions: o setor possibilita que curadores, críticos, colecionadores e entusiastas descubram projetos ambiciosos de novos talentos de todo o mundo, possibilitando uma plataforma para o artista expor um grande projeto.
Survey: semelhante à Feature, da exposição em Basel, o setor enfatiza projetos de curadoria que podem incluir exposições solo de um único artista ou justaposições ou exibições temáticas de artistas que representem uma variedade de culturas, gerações e abordagens artísticas.
Edition: o setor apresenta trabalhos e publicações editadas interagindo e colaborando com artistas renomados.
Kabinett: o setor é composto por uma seleção das peças das galerias que, a partir de uma curadoria, são expostos separadamente compondo exposições temáticas, históricas e solo para novos talentos.
Film: o calendário de filmes da edição de 2014 contou com um cinema outdoor e com produções internacionais (incluindo a referência do cinema moderno Tim Burton, com a produção do drama biográfico Big Eyes, que tem como foco a artista americana Margaret Keane, interpretada por Amy Adams).
Public: semelhante à Parcours da edição suíça, o setor oferece aos visitantes a possibilidade de conferir instalações, esculturas, intervenções e performances que são expostos ao ar livre no Collins Park.
A edição, que conta também com as Conversations e Salons, contou com a produção de Rian McNamara de balé A Story Ballet about the Internet, fechando a edição de 2014 da Art Basel Miami. De 3 à 6 de Dezembro tem mais!
Para mais informações sobre o evento (que, acreditem se quiser, tem muita coisa ainda) é só acessar o site da Art Basel.