Montanhas, Adrenalina, Alpes e duas rodas.

Existem pessoas que se tivessem vivido na época de Colombo, ao descobrir a América, já estariam se perguntando qual o novo continente`a desbravar. Me considero uma dessas pessoas, os inconformados em ter um projeto concluído, sempre me perguntando qual será o próximo.

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Estamos no início de 2015, os três Mosqueteiros aumentaram, esse ano D’Artagnan juntou se ao grupo após mais de duas décadas sem empunhar uma moto. Ele tomou o desafio em suas mãos e topou a empreitada.

Athos recebeu a trupe para o planejamento. Era uma quarta-feira muito agradável, como em todo castelo medieval, os pernilongos comiam-nos vivos. Fui contemplado com várias picadas e após a recepção calorosa dos nossos amigos de pernas compridas, começamos a escolher nosso roteiro; tudo isso regado com o melhor salmão que já comi em minha vida e uma massa tão obscena de recheio, que estava mais para um punhado de camarões acompanhados de espaguete.

Decidimos ir para o velho continente, o que muito me alegrou, me sinto em casa lá. O roteiro começaria pela Suíça depois Alemanha, Áustria, Itália, Mônaco e finalmente França, essa salada de países é uma mistura perfeita para rodar de moto, Alpes, estradas sinuosas, asfalto tão liso que chega a dar raiva.

Agora precisávamos escolher as motos. Em nossa ultima aventura pela América rodamos ao estilo American Dream, Harley Davidson Street Glide, mas dessa vez escolhemos as Alemãs da BMW, uma K 1600 Gt, uma K 1600 Gtl, uma RT e F 800, cada um ao seu estilo.

Durante 7 meses nos reunimos para acertar alguns detalhes, passagem aérea, seguros e hotéis sempre acompanhados de excelentes jantares e bons vinhos; era um presságio do que nos esperava.

Dia 28 de setembro embarcamos rumo a Zurique, com uma escala em Frankfurt. Em nossas malas levávamos nossos sonhos, nossos amores, família, dorflex, meia quente, luva, gelol, tudo que nos acolhesse durante a viagem.

Nosso primeiro dia na suíça foi para nos adaptarmos ao fuso e para aguardar outros aventureiros dessa jornada. Nosso ponto de retirada das motos seria em Thun, localizada no centro da Suíça. Thun é banhada pelo límpido Thunersee, com seus 48,3 km e com uma profundidade de até 217 metros em alguns pontos.

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O lago é tão belo, que parece um capricho divino, seu azul mistura com o céu. Nessa região é possível perceber a influência alemã na arquitetura na comida e na língua. São 3 as línguas oficiais, alemão, italiano e francês. Na culinária, carne de caça (que hoje são de cativeiro), é muito comum nos cardápios da região.

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Numa manhã gélida começamos nosso primeiro trecho. Em quilômetros a distancia não parecia grande, quase 300 km. Nos Alpes a referencia em distancia muda de km para horas pilotadas, porque a media da velocidade dependendo da região. 

Saímos do hotel as 8 horas da manhã, contornando o majestoso lago de Thun, rumo a Gadmen por um estrada tão sinuosa, que em algumas curvas é possível ler a placa da moto. Sustenpass como é conhecida, é um paraíso para os adoradores das duas rodas,suas curvas pedem um tocada esportiva, pena que as leis de transito impedem de bailar com a moto.

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Fomos sendo engolidos pelas montanhas, a adrenalina, o cenário, o aquecedor de manopla ajudavam a esquecer o frio cortante, a sensação era de temperatura negativa. Nossa primeira parada foi no Alpin Center, hora de abastecer o corpo e a alma, chocolate quente e fotos.

Aproveitem o vídeo e a viagem...

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