MONTANHAS, ADRENALINA, PASSO SÃO BOLDO E DUAS RODAS.

Chegamos a Konstanz e fomos recebidos com uma grande festa, e que festa. É tempo de OctoberFest na cidade, conhecida por sua ilha de Mainau, a ilha das flores. Konstanz fica colada na divisa com a Suíça e seu lago é divisório entre Alemanha e Áustria.

Até o hoje a linha divisória imaginária é tema para debates.

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À noite fomos ao pavilhão da festa, chope em litro, comida típica, pessoas a caráter, bandinha do “Fritz” e outras coisas que tornam a october em uma verdadeira festa de família, onde é possível ver três gerações da mesma família se divertindo junto. Os garçons são uma apresentação a parte, muitas vezes eles carregam em uma só mão quatro canecos de um litro de chope, detalhe,só o caneco deve pesar uns 2 kg.

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Tivemos um dia livre na cidade e fomos conhecer seu lado histórico e seus lindos casarões. Fomos ao comercio, D’Artagan queria comprar um pergaminho digital para sua amada mais conhecido com Iphone 6 Plus S. Como estrangeiros tínhamos direito ao Tax Free e a fronteira era 200 metros do nosso hotel onde precisávamos carimbar a nota, atravessando a Rua Suíça.

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A honestidade de um povo se percebe em detalhes. Ao carimbar a nota, tínhamos o direito de ter o imposto alemão devolvido, de 15 a 19% se morássemos na suíça depois atravessaríamos a rua, e pagaríamos o imposto suíço de 5%, e teríamos regularizado o produto.image8

Está na hora de pegar a estrada sentido Cortina d’Ampezza na Itália, nossa rota é pelos Alpes Suíços, Austríacos e Italianos, um capricho divino construído por verdadeiros artistas, engenheiros e fotógrafos, tudo em uma só pessoa. As palavras dificilmente explicam, é como tentar descrever a emoção de ver seu filho nascer, andar naquelas estradas é simplesmente indescritível.

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Tivemos uma pequena mudança no trajeto, o Passo da Suíça para Itália estava muito perigoso para as motos, muita chuva, frio, com perigo de gelo na pista.

Dormimos uma noite em Cortina, no hotel Ancora, cuja localização excelente, bem no centro da cidade que por sinal é bem pequena, tem vocação turística, principalmente com suas estações de esqui. Vivemos nesse hotel duas situações hilárias, quando chegamos fomos recebidos pela proprietária do hotel, uma senhora que nos ofereceu um jantar típico italiano primeiro e segundo prato com sobremesa, o segundo prato era uma polenta com frango, que quando chegou a nossa mesa deu vontade de pedir para o garçom se havia tropeçado e deixado cair o frango, pois tinham seis cubos do tamanho de um brigadeiro pequeno, o italianada pão dura.

Mas pela manhã mal sabíamos que iria piorar, geralmente às 8 horas estávamos em cima das motos, mas nesse dia sairíamos mais tarde devido a chuva e o frio. Como de costume, eu e D’Artagan fomos mais cedo tomar café, mas no hotel café só as 08h30min. Ao chegarmos à recepção, escutamos um barraco no melhor estilo italiano, a dona do restaurante brigava com todos na cozinha só faltavam panelas ao chão, um casal olhava espantado aquela cena sem entender nada, brancos como fantasmas, doía à barriga de rir.

Estava na hora de se molhar, saímos de Cortina rumo a Veneza. Para compensar o fato de não cruzarmos o Passo no dia anterior, conseguimos cruzar o Passo São Boldo na estrada SP-635 na região de Veneto. O passo foi construído por prisioneiros de guerra em 1918, homens, mulheres e crianças levaram cem dias para concluir essa obra de arte cheia de túneis com curvas de 360 graus. Ela é apelidada de “Rua dos 100 dias”.

Sem Título

Chegamos a Veneza no meio da tarde, conhecida como cidade romântica, sonho de lua de mel é retratada em vários filmes. Veneza tinha tudo para dar errado, difícil acesso, ruas apertadas, alagamentos por causa das marés altas, mas a história mudou a lógica, a criatividade em fazer essa cidade funcionar é incrível, barcos coletores de lixo, entulho, carrinhos de mão que sobem escadas, é um balé diário; aposto que é administrada por um Alemão.image1 image2image11 image12 image14 image15 image16

Dedicamos um dia a cidade, almoçamos no Hotel Pallazina Grassi, famoso por ter sido decorado por Philippe Starck. Tinhamos uma expectativa do restaurante, Aramis havia planejado com muita atenção uma tarde dolce far niente a beira do canal. O que tivemos foi a companhia de pombos e prédios.

Flanar pela cidade, como diz um grande amigo é muito prazeroso, mas tenho que admitir não é uma cidade para quatro amigos passearem de gôndola, nada romântico.

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Próxima parada, Ferrari...

Fica ligado, que semana que vem tem mais.

 

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