Carros são tão apaixonantes quanto filmes, concordam?
É natural que estas paixões se reúnam as vezes (muitas vezes, diga-se de passagem).
Impossível você pensar em um personagem, sem que automaticamente o ligue ao carro que ele dirige. Isso acontece com Dean Winchester e seu Impala 67, Batman e o Batmóvel, Dominic Toretto e o Dogde Challenger.
São infinitas as parcerias.
Também há os casos onde os carros roubaram a cena, como o famoso DeLorean de De Volta para o Futuro ou o Shelby, Eleanor, de 60 segundos.
E não podemos esquecer daqueles que ganharam filmes próprios.
Nosso convidado ilustre não ganhou apenas um, mas 6 e uma série para a televisão com 5 episódios em 1982.
Para a escolha desse personagem, a Disney expos vários modelos de carros de marcas diversas em seu pátio, deixando que o público escolhesse qual mais chamava atenção. O ganhador foi o charmoso Fusca da alemã Volkswagen.
A partir daí Herbie, o fusca 1963 de cor branco perola conquistou o mundo com suas listras azul e vermelha e o número 53 sobre o capô.
Sua primeira aparição foi em “Se Meu Fusca Falasse” (The Love Bug) de 1968, onde é um carro dispensado pelo dono de uma concessionária e acaba nas mãos do fracassado piloto Jim Douglas (Dean Jones). Herbie que tem vida própria, uma personalidade bastante forte e um talento impressionante para as corridas, transforma seu derrotado dono em um novo super piloto.
O sucesso do filme foi tanto, que em 1974, Herbie reaparece já afastado das corridas e com uma nova dona, a simpática Senhora Steinmetz (Helen Hayes). Em “As Novas Aventuras do Fusca” (Herbie Rides Again), o fusquinha tem que ajudar sua proprietária a se livrar de um milionário inescrupuloso que deseja construir em seu terreno o prédio mais alto do mundo.
Em 1977, Herbie se reúne novamente com Jim Douglas em “Um Fusca em Monte Carlo” (Herbie Goes to Monte Carlo) para participar da corrida internacional Paris-Monte Carlo. Herbie se apaixona pela primeira vez, enquanto foge de uma quadrilha de assaltantes que tenta recuperar uma joia escondida em seu tanque.
“A Última Cruzada do Fusca” (Herbie Goes Bananas) de 1980, apresenta o que seria considerada a história de despedida de Herbie. Sua viagem dessa vez é para o Rio de Janeiro, mas acaba tendo uma escala no México que lhe rende um novo parceiro e mais aventuras. O nobre fusquinha com coração de ouro se mete em roubadas sem parar, que inclui ser jogado ao mar e ter que ir nadando (isso mesmo, nadando) até o continente.
Alguns consideram a produção de 1997 um remake da de 1968, possuem o mesmo nome, mas sua história é diferente. Herbie, apesar de ser um renomado campeão de corridas é abandonado por um piloto arrogante e comprado por um mecânico, com quem volta a vencer nas pistas. O antigo dono fica com inveja de Herbie e procura o engenheiro que criou o fusquinha, encomendando um novo carro. O fusca do mal é preto e se chama Horace, e pasmem, ele MATA o Herbie!
Mas como não é só R'hllor que tem poder de ressuscitar alguém, Jim Douglas volta, e ajuda trazer seu amigo do mundo dos mortos, reparando suas peças.
“Herbie: Meu Fusca Turbinado” (Herbie: Fully Loaded) de 2005, foi o último a ser lançado.
Trinta e sete anos após sua primeira aparição, Herbie vai parar em um ferro velho, e sua única esperança para não ser esmagado é a jovem Maggie Peyton (Lindsay Lohan, antes do surto). Os dois se inscrevem em uma corrida para desafiar o campeão da Nascar, Trip Murphy (Matt Dillon) que fará de tudo para tirar das pistas de corrida, Maggie e Herbie.
Sou suspeita para emitir uma opinião sobre o Herbie, assisti todas as suas aventuras até 1997 e posso dizer são filmes gostosos e com a magia do cinema sem recursos tecnológicos. O lançamento de 2005 tem como diferencial o uso da computação gráfica, o que atribuiu expressões quase humanas a Herbie e descontentou alguns fãs mais antigos.
Fica a dica para você assistir.
Afinal quem não gosta da mistura Fuscas e cinema?
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